sábado, 5 de dezembro de 2009

XII OFICINA - TP2 - UNIDADES 7 E 8

As duas últimas unidades do TP 2, “A arte:formas e função” e “Linguagem figurada”, foram trabalhadas na última oficina do programa. Alunos e professores refletiram sobre as várias possibilidades de manifestação da arte e todos chegaram à conclusão de que ela tem muitas funções.
Atividades com textos como “Serão de junho” e a música “Fantasia”, de Chico Buarque, ajudaram a construir belos momentos de interpretação da realidade e de consciência na liberdade de expressão que a arte nos proporciona.
Com depoimentos dos alunos sobre as formas de arte que eles observam no seu cotidiano, os professores conseguiram abrir caminhos para novas maneiras de as crianças entenderem melhor o que acontece no mundo, lendo-o de uma maneira mais significativa.
A linguagem figurada, com seu poder de transformação do simples dizer em uma nova forma de emocionar e chamar atenção, foi envolvida também em atividades como interpretação e ilustração de poemas e registro de onomatopéias. As várias figuras de linguagem, foram, como o sugerido no caderno, trabalhadas de acordo com o seu significado e não com sua nomenclatura, para não se desviar do verdadeiro objetivo que é oferecer ao aluno oportunidades de conhecimento das inúmeras maneiras que se tem de expressar sentimentos.
Os professores relataram essa última unidade com muito prazer e sensação de uma missão que está longe de ter sido cumprida, pois ainda se tem muito o que fazer para chegarmos a uma Educação que faça pelos nossos alunos o que eles realmente precisam e merecem.

XI OFICINA - UNIDADES 5 E 6 - TP 2

Nesta oficina, que se refere às unidades 5 “ Gramática: seus vários sentidos” e 6 “A frase e sua organização,” foram realizadas atividades que destacaram a importância de se valorizar a gramática interna, que faz parte da vida social do aluno, suas aprendizagens com a família, amigos, bem como a frase a oração e o período, como aspectos linguísticos integrantes dessa forma de organização da língua que é a gramática.
Os “Avançando” oportunizaram atividades de interpretação textual e de análise lingüística que levaram os alunos a perceber o quanto uma simples fala de criança ou de amigos em uma situação informal pode ser organizada a partir da gramática. Observaram também que a passagem pela escola visa, entre outros objetivos, desenvolver sua capacidade de comunicação nas várias situações do cotidiano e que, por isso, estuda-se a gramática normativa. Essa,porém, não deve se tornar único objeto de estudo, o que acabam fazendo muitos professores, denominados, por isso, “gramatiqueiros”. Os cursistas enfatizaram os aspectos positivos da gramática descritiva, entendendo-a como o caderno 2 traz: “ o conjunto de regras que o observador da língua procura compreender e explicar.
Atividades da unidade 6, como produção de texto a partir de uma imagem, frases que ilustraram várias situações, como uma pessoa chamando alguém, com raiva , com carinho, descrição de situações lingüísticas , como os vários usos do verbo “ haver” dentre outras, fizeram parte da prática pedagógica sugerida pelo programa e administrada pelos professores em sala de aula.
Segundo seus relatos as atividades foram realizadas com muito aproveitamento por parte dos alunos, que a cada dia sentem-se mais motivados a participar dos trabalhos
sugeridos pelos professores.

domingo, 29 de novembro de 2009

X OFICINA - UNIDADES 3 E 4 - TP1

“O texto como centro das experiências no ensino da língua” e “Intertextualidade” são as duas últimas unidades do TP1. A autora evidencia, nesse estudo, que “o ensino-aprendizagem apoiado no texto é, hoje, quase um consenso nos estudos de linguagem.”, e, a partir dessa concepção, observa a importância de se saber o que é texto, por que trabalhar com textos, estabelecendo pactos de leitura.
Atualmente, a linguagem é entendida como interação, e, por ser assim, é uma ação entre sujeitos que coexistem na situação comunicativa. Embora a produção de significados dependa desse trabalho coletivo de linguagem, cada sujeito da interação tem uma história, atua num contexto social e ideológico, ocupando um lugar, de onde produz e interpreta enunciados. “As interpretações diferentes dadas pelos interlocutores a determinada comunicação decorrem dessa posição diversa, de onde cada um “vê” a situação.
Ao se comunicar, as pessoas informam e são informadas, a partir de textos que podem ser orais ou escritos, literários ou não literários. Daí a necessidade de as aulas de Língua Portuguesa serem sempre baseadas no reconhecimento e na prática dos diferentes e inúmeros gêneros textuais que circulam dentro e fora da escola, e que fazem parte do cotidiano do aluno. Interessante também é que os professores, não só, mas principalmente, os de Língua Portuguesa, observem e esclareçam os alunos sobre a relação que há entre os objetivos do locutor e do interlocutor, que formam um “pacto de leitura” “ um contrato implícito entre locutor e interlocutor quanto à expectativa que cada um põe no texto.” (TP1, p.120)
O maravilhoso emaranhado de textos que convivem para fazer a comunicação acontecer, leva à relação de um com o outro, tornando mais ricas as situações discursivas. Isso se chama intertextualidade, que pode ocorrer de várias maneiras: acompanhando o texto original: paráfrase; invertendo-o ou modificando sua lógica, geralmente de forma crítica: paródia; aproveitando determinados recursos de uma obra: pastiche, etc.
Trabalhar a intertextualidade em sala de aula é promover uma significativa conquista de conhecimentos nas suas diversas áreas, já que um texto remete a outro texto, que remete a outro que...
Formadores e cursistas, no grande grupo, colocaram em prática a teoria que envolve as unidades acima citadas, por meio de paródias de músicas e orações e alusões a textos, como, por exemplo, “O decálogo do bom motorista”, aproveitando o eixo temático do bimestre “Educação para o trânsito”. Todos participaram com muito entusiasmo.

IX OFICINA - UNIDADES 1 E 2 - TP1

O TP 1 traz para leitura e discussão, nas unidades 1 e 2, Variantes linguísticas: dialetos e registros e Variantes linguísticas: desfazendo equívocos. Nesses estudos sobre as várias formas de manifestação da língua, percebe-se a evidência que o ensino da língua portuguesa precisa fazer acerca da valorização dos vários dialetos presentes no nosso mais importante instrumento de comunicação. Acompanhando a cultura nas suas mais diversas maneiras de expressão, a língua desenvolve-se e torna-se elemento marcante na comunidade em que ela é praticada. Dessa forma, entende-se que “A língua é, ao mesmo tempo, a melhor expressão da cultura e um forte elemento de sua transformação. A língua tem o mesmo caráter dinâmico da cultura.” (TP 1, p. 18).
A partir do respeito aos vários dialetos da língua portuguesa e ao que o aluno internalizou desde a sua primeira infância, o seu ensino na escola deve oferecer ao educando as chances de conhecer e entender a norma padrão, como mais uma possibilidade de uso de seu idioma, comparando-a, a partir de atividades significativas, às outras variantes. Esse trabalho, mediado com responsabilidade pelo professor, valoriza, na medida certa, o estudo do dialeto tido como “ mais prestigiado” sem menosprezar os que formam com ele um conjunto bastante rico.
Para socializar e refletir sobre as unidades 1 e 2, formadores e cursistas reuniram-se num grande grupo, dividido entre outros, para realizar uma atividade sobre as variantes lingüísticas. Cada equipe apresentou um texto que valorizava determinada opção de uso da língua, de acordo com a situação comunicativa. Foram apresentados trabalhos que evidenciaram a prática linguística em textos como entrevista de emprego(norma padrão), conversa entre jovens “Find muito loko” (gírias), etc.

VIII OFICINA - UNIDADES 23 E 24 - TP6

As unidades 23 e 24 do TP6 expõem sobre O processo de produção textual: revisão e edição e Literatura para adolescentes. Sabendo que “O ensino e a aprendizagem do processo de revisão requerem uma prática de estratégias de releitura, reflexão e do afastamento do escritor de seu próprio texto.” (TP, p. 119), o professor precisa oportunizar atividades que levem o aluno a refletir sobre seu texto a ponto de somente editá-lo quando este estiver realmente pronto pra isso. Após muitas leituras, feitas pelo autor do texto e também pelos colegas, e com a devida intervenção do professor mediador, o texto será mais entendido e valorizado, pois seu significado fica além dos limites aluno escritor – professor revisor.
Para escrever bem é preciso ler, realmente ler. Quando entram na escola, as crianças são, ou, pelo menos, devem ser instigadas com muita contação de histórias, muitas “viagens” pelos contos de fadas e outras formas de leitura. Quando, porém, saem da 4ª série, é natural que saiam um pouco desse mundo lúdico, pois seus interesses voltam-se para outros aspectos, e o que muito comumente acontece, é o distanciamento dos livros e a preferência por textos mais curtos, quando a professora cobra. “Numa revisão de posturas, o professor precisaria insistir em leituras mais longas, completas, e dar um espaço privilegiado para o livro de literatura.” (TP 6, p 180). Esse trabalho, contudo, necessita de uma boa dose de prazer, que o mediador deve proporcionar, direcionando os momentos de leitura a partir de comentários sobre livros que ele já tenha lido, que saiba que interessaria a um adolescente, de informações sobre os diversos autores que fazem literatura para jovens, e, acima de tudo, de um entusiasmo contagiante, pois não é novidade que “a escola é um espaço fundamental para desenvolver leitores.” (TP6, P166)

Após discussão sobre os aspectos teóricos das unidades 23 e 24, os cursistas relataram seus “Avançando na prática”, evidenciando os pontos positivos ( maior estímulo na hora de ler e escrever, por parte da maioria dos alunos) e os negativos ( alguns que ainda insistem que não gostam de ler e escrever), sendo porém estes últimos encarados como desafios, que os professores devem enfrentar, tendo a certeza de que estão, pelo menos, “plantando a sementinha”, e de que, quem sabe, ela um dia germine.

sábado, 28 de novembro de 2009

VII OFICINA - UNIDADES 21 E 22 - TP6

As unidades 21 e 22 do tp6 referem-se, respectivamente, à Argumentação e linguagem e à Produção textual: planejamento e escrita. Como "todo o uso da linguagem é argumentativo, pois estabelece uma interação com o outro, uma relação de fazer social..."(TP6, p.13) e como todo texto é linguagem expressa, defender pontos de vista e planejar (mesmo que inconscientemente) os textos que fazem esse trabalho devem ser atividades constantes na prática docente.
Essa certeza de que precisamos ser convincentes e organizados para fortalecer a defesa de nossas ideias, orienta-nos ao trabalho cada vez mais próximo da nossa realidade e dos nossos alunos, fazendo sentido cada ponto abordado e defendido.
Para enriquecer a teoria das unidades acima citadas, após muita discussão sobre argumentação e linguagem, formadores e cursistas (todos juntos) tiveram a oportunidade de presenciar uma palestra sobre o "Projeto Anitápolis", ministrada pelo professor Haroldo de Oliveira Silva, que expôs sobre a decisão de duas multinacionais, Bunge (EUA) e Yara (Noruega), de implantar uma fosfateira em plena mata atlântica, na pequena e bela cidade de Anitápolis, região de Florianópolis. O professor mencionou as terríveis consequências ao meio ambiente regional, desde a contaminação da água, morte de animais, desmatamentos, até a inevitável mudança (para pior) na vida dos moradores, que, na sua maioria, têm como principal fonte de renda a agricultura.
Após essa exposição, os cursistas fizeram, a partir de provérbios, textos argumentativos sobre o tema da palestra. Nesses textos, foram evidenciados aspectos positivos e negativos referentes ao projeto Anitápolis. Em seguida, todos receberam o texto (crônica) de Luis Fernando Veríssimo, " O verão de 92", que trata de maneira divertida e crítica a poluição da natureza.

"O VERÃO DE 92”

(Luís Fernando Veríssimo)

As minhas férias. Composição. 10/3/1992.

Nas férias eu fui quase todos os dias à praia. Apesar dos protestos de mamãe. Mamãe não gosta de praia desde que um parente dela foi dar um mergulho e se dissolveu na água.
Meu pai diz que é bobagem, que é só a gente prestar atenção nas bandeiras. Bandeira branca é quando o mar está cheio de detergente. Não há perigo. É só a gente não chegar muito perto da espuma superativada.
No ano passado o meu irmão menor, o Tuca, brincou muito com a espuma e está até hoje com uma estranha luminosidade.
Dentro de casa não dá para ver bem mas, quando a gente faz o teste da janela com o Tuca, ele brilha.
Mamãe sempre grita para a gente ter cuidado para não largar o Tuca da janela do apartamento, mas ele gosta.
Bandeira amarela é arsênico. Dizem que também não tem muito perigo, contanto que a gente não abra a boca nem os olhos embaixo da água.
Mas no último campeonato de surf que fizeram no Arpoador com bandeira amarela, quando os competidores ficavam de pé na prancha não tinham mais calção e quando chegavam na praia não tinham mais a prancha.
E a parafina do cabelo ficava verde e o cabelo começava a cair. O que dava de gatão escaldado!
Bandeira vermelha é mercúrio. Também não é perigoso, mas a pessoa deve ficar em observação durante 24 horas depois de sair da água. Se as unhas começarem a encolher, deve-se chamar um médico.
Bandeira preta é óleo na água. Isto é o mais comum. É chato porque suja, mas também não tem muito perigo.
Até hoje só houve três ou quatro casos de pessoas que ficaram tomando muito sol depois de um mergulho no mar cheio de óleo e se incendiaram.
Bandeira preta esfarrapada com caveira é ácido. Isto sim é perigoso. Nesse a onda é que fura você. Neste verão eu inventei de testar a água num dia de bandeira preta e é por isso que estou com o pé enfaixado. Sinto uma falta do dedão...
Mas a praia continua uma beleza, depois que a gente se acostuma com o cheiro de amoníaco e peixe morto. Mesmo quando não dá para entrar na água e sair inteiro há muita coisa para fazer.
Castelo de farelo de carcaça, por exemplo. Ou escalar cadáver de baleia. Em alguns trechos a gente enxerga areia por baixo das camadas de marisco podre.
Papai diz que antigamente a praia era só areia, mas não dá para confiar muito nele. Ele também diz que o mar era verde e que peixe se comia.
Joguei muito futebol na praia antes de perder o dedão. Era difícil formar os times porque ninguém queria jogar na ponta e pegar um respingo do mar no olho e ficar cego.
O chão de osso de peixe rala o joelho da gente e, quando a bola cai na água, explode. Mas foi ótimo.
Apesar de tudo, ainda tem gente que nada até além da rebentação. É muito arriscado. O perigo não é o afogamento, é respirar o vapor que sobe da água.
Banhista não entra mais no mar para salvar ninguém. Salva por megafone. Fica gritando "Vem! Vem!" e, quando o afogado chega na praia e o banhista vai fazer respiração artificial, não junta mais gente como antigamente. Agora todo mundo sai de perto porque pode esguichar.
Todo dia tem novidade na praia. Nossa turma ficava torcendo que aparecesse menininha com maiô de crochê, que não precisava nem entrar na água, se desmanchava com a brisa do mar.
Teve um dia que uma fileira de caranguejos saiu de dentro da água, andando de lado e meio cambaleando. Dizem que o da frente trazia uma bandeira branca, mas isto deve ser invenção.
O cheiro do mar era tão forte que um dia abateu um daqueles aviões que passam com faixa de propaganda. O piloto saltou de pára-quedas sobre a água, mas o pára-quedas, em vez de descer, subiu.
Um dia foi uma grande sensação. Apareceu uma gaivota. Todo mundo correu para ver. Eu só conhecia gaivota de ouvir papai falar. A gaivota rodou, rodou e, de repente, mergulhou na água.
Quando apareceu outra vez tinha um peixe preso no bico. Mas logo cuspiu o peixe fora e disse - deu para ouvir direitinho, da praia - "pshaft!" Depois voou para longe. Todo mundo riu. Mas não muito.
Luís Fernando Feríssimo, escreveu em 1978 esta crônica, com exagero. Colocou a poluição que existiria em 1992. Felizmente, ainda não aconteceram os horrores imaginados pelo humorista. Mas, se o Projeto Anitápolis não for paralisado, muito em breve o sul de Santa Catarina terá
a realidade da crônica de Luís Fernando Veríssimo.

Após o encontro em Balneário Camboriú...

Após o encontro em Balneário Camboriú, onde todos os formadores tiveram a oportunidade de socializar conhecimentos e experiências com colegas e formadora UNB, realizamos um encontro (dia 04/08/09) no qual apresentamos vídeos e palavras de motivação, para que todos os professores voltassem com mais disposição para continuar desenvolvendo as propostas do programa. Em seguida, no segundo momento do dia, expusemos alguns exemplos de trabalhos feitos por cursistas de outras regiões e seus alunos. Uma dessas atividades foi a sugestão de uma pasta que pudesse reunir todos os trabalhos realizados em sala de aula, formando o portfólio dos professores. As pastas foram doadas pelos formadores e coordenadora, e todos os cursistas deveriam fazer um memorial para recomeçar, de forma bem pessoal, seus relatórios.
No dia 10/08, devido à Gripe H1N1 (nosso município foi um dos mais afetados do estado), as aulas das redes municipal, estadual e particular foram suspensas ( no estado, por tempo indeterminado).
Por causa disso, o encontro com todos os cursistas, que seria no dia 11/08, foi adiado também, sendo que só os formadores e a coordenadora se reuniram para estudar e discutir sobre os projetos. Esse dia será reposto, provavelmente em setembro. Durante esse período, os cursistas estão fazendo a leitura do material em casa, para que, num próximo encontro, possamos socializar conhecimentos e esclarecer dúvidas.

VI OFICINA - UNIDADES 19 E 20 DO TP 5

Na sexta oficina e última deste semestre, referente às unidades 19 e 20 do TP5, foi realizada a transposição didática em conjunto com os quatro formadores de Língua Portuguesa e cursistas. A mensagem para reflexão e comentário foi de responsabilidade da formadora Valéria, abaixo citada:
“O leitor que lê bebe o leite, bebe o vinho, bebe o café do vizinho, bebe a cerveja, bebe todos os rios, bebe cicuta, bebe uísque, bebe muito, bebe e cala, bebe e ouve, bebe tudo e continua sóbrio”. (Gabriel Perissé)

ATIVIDADES - 1ª PARTE
. Mensagem e objetivos das unidades
. Música”: “ Luar do Sertão”.
. Vídeo: “Os Melhores do Mundo”- observar os elementos linguísticos: (pleonasmo, se não / senão, para mim “fazer”, regência, plurais metafônicos, concordância e outros).
. Inferências sobre o vídeo.
Recursos lingüísticos de coesão (música “Passe em Casa” dos Tribalistas).

Trabalho em grupo:
- Apresentar três imagens e pedir ao grupo que faça a narrativa a partir da sequência que cada grupo escolher.
- O texto será produzido coletivamente e registrado no papel craft.
- O texto será lido, e reconhecendo os elementos presente ou não.
Análise dos textos elaborados.

ATIVIDADES - 2ª PARTE
. Divisão do grupo por formadores.
. Socialização e reflexão dessas unidades.
. Trabalhos de apresentação dos “avançando na prática”, desenvolvidos em sala de aula.

AVALIAÇÃO DO ENCONTRO
Todos participaram com grande interesse, as atividades são enriquecedoras, os formadores e cursistas interagem tornando interessante aos conteúdos trabalhados.

sábado, 21 de novembro de 2009

V OFICINA

UNIDADES 17 E 18 - TP 5

Na primeira parte do encontro, todos os formadores e cursistas participaram juntos, socializando informações sobre o que as unidades 17 e 18 traziam como teoria: Estilística e Coerência Textual. Para uma melhor abordagem dos conteúdos, utilizaram-se a música "Metáfora", de Gilberto Gil, que remete a reflexões acerca de estilo, e o poema "Traduzir-se"(Ferreira Gullar), cantado por Raimundo Fagner, para o estudo de coerência textual.
A atividade principal foi a transposição do texto verbal para a linguagem não verbal do poema "Traduzir-se". Os cursistas procuraram traduzir, num cartaz, através de imagens, o que o autor (eu-poético) ou eles mesmos, sentiam. Na hora da apresentação dos cartazes, observou-se a coerência entre as linguagens verbal e não verbal.
Na segunda parte do encontro, cada formador retornou a sua sala de aula com os cursistas, que apresentaram o "Avançando na Prática" realizado com os alunos.
Todos ficaram satisfeitos com as atividades realizadas e as reflexões feitas, e os relatos dos trabalhos com os alunos fortaleceram a confiança que os professores têm no programa Gestar II.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Resumo Reflexivo do TP 5





O TP5 aborda aspectos relativos à Estilística, Coerência e Coesão textual e às Relações Lógicas no Texto.
Com o tema “ Mídia de Comunicação de Massa e Tecnologia”, os conceitos e explicações acerca da Estilística são conduzidos de modo que se reflita sobre o estilo, desde aquele que pode caracterizar cada um de nós até o que se enquadra no domínio da linguagem, que liberta em certo grau, as manifestações da língua em relação à Gramática, que estuda seus elementos. A Estilística, portanto, “estuda a linguagem que se cria com esses elementos”.
Com atividades que reforçam os conceitos, o estudo vai se tornando mais prazeroso a cada poema, com suas “aliterações”, “assonâncias” e palavras bem escolhidas pelos poetas, assim como, em cada texto criativo, com suas “frases” e “enunciados” que “exalam” o estilo do autor.
A partir da idéia de que a soma das partes é que vai formar um todo harmonioso, compreensível e lógico, o caderno direciona as reflexões referentes à coerência textual, cujo significado está ligado à “possibilidade de atribuir uma continuidade de sentidos a um texto”, de forma que ele seja um todo significativo e que sua leitura, interpretação e tessitura se construam com sentidos que vão além do próprio texto. O tema aqui é “Meio Ambiente”, referido, também, como um todo harmonioso, cujas partes devem ser preservadas, para que a vida, assim como o texto, tenha sentido.
O conhecimento prévio que somamos a cada leitura e escrita é também parte desse conjunto significativo, contribuindo para a completude de muitos subentendidos e para a identificação de muitos “fios condutores”.
Esses “fios” que conduzem ao entendimento total do texto são “costurados” pelas “agulhas” da coesão textual, “combinando-o” no seu interior, ligando suas partes. “Esses dois aspectos de construção textual – a coerência e a coesão” são responsáveis pela interpretação significativa de um texto”
Com muita propriedade, os autores do caderno retomam palavras como “elo” ou “laço coesivo”, “cadeia coesiva” para esclarecer a idéia do “entrelaçamento” dos enunciados bem como explicam outros termos gramaticais como “morfemas livres ou presos” e “frase”, já que essas unidades fazem a lógica textual acontecer.
Essa lógica é responsável pela “recuperação de significados implícitos” cuja referência pode(deve) ter ocorrido em alguma outra parte do texto, mesmo que sutilmente.
Todo esse estudo, regado a muitas atividades, esclarece e evidencia a importância da análise do texto como um todo significativo pertinente a cada situação de comunicação em que ocorre. Cada prática levada à sala de aula torna o estudo da Língua Portuguesa um exercício de efetiva construção de conhecimentos.

domingo, 21 de junho de 2009

IV OFICINA

DATA: 16/06/09
LOCAL: EEB HERCÍLIO LUZ

Revisão das unidades 15 e 16, com reflexão sobre alguns pontos relevantes referentes à leitura e produção textual, envolvendo discussão sobre as perguntas, a análise da estrutura dos textos e as dimensões que deveriam ser observadas no processo da escrita.
Relatos das atividades realizadas com os alunos. Cada “Avançando na Prática” escolhido pelo cursista foi exposto, e as atividades giraram em torno de:
- leitura de gêneros como: diário, texto literário e texto publicitário, envolvendo perguntas interpretativas;
- pesquisa sobre a biografia dos autores dos textos lidos;
- produção de diários, textos literários e atividade de organização de parágrafos (estrutura do texto).
Os cursistas observaram algumas dificuldades, como a “preguiça” de alguns alunos, na hora de refletirem sobre as perguntas para chegar a uma interpretação mais profunda dos textos. Na atividade referente à paragrafação, a maioria apresentou segurança, organizando bem a sequência do texto. Quanto à produção textual, os professores destacaram que os alunos gostaram muito de escrever sobre o que tinha a ver com a vida deles, suas experiências, seu cotidiano.
Outra grande dificuldade relatada pelos professores é em relação ao pouco tempo que eles têm para aplicar as atividades, pois, muitas vezes, são necessárias retomadas de explicação e nova e elaboração dos trabalhos, para que o resultado seja mais positivo.

domingo, 14 de junho de 2009

ESTUDO REFLEXIVO DO TP4


O Caderno de Teoria e Prática 4 apresenta as unidades 13,14,15 e 16, que abrangem estudos referentes à Leitura , escrita e cultura, O processo da leitura, Mergulho no texto e A produção textual – crenças, teorias e fazeres.
São apresentadas nesse material, reflexões acerca da história da escrita, seus usos na sociedade e funções que exerce juntamente com a leitura, chegando-se ao significado de Letramento. “Atualmente valorizamos muito o aprendizado da leitura e da escrita como experiência letrada. Pensamos que uma pessoa participa ativamente da cultura letrada quanto mais experiências ela tem com diferentes materiais escritos em gêneros textuais diversos.”
A partir do conceito que expõem sobre letramento, funções e usos sociais da leitura e da escrita, os autores colocam os textos muito bem vinculados a atividades que procuram entender e descrever, de forma significativa, determinados aspectos da diversidade cultural que esses textos trazem à tona.
De forma muito atraente, os temas diversidade cultural e a cidade são trabalhados, através de textos como “Festas Juninas”, que apresenta de modo informativo o que acontece nesses “deliciosos eventos populares”, tão praticados em nossas escolas e comunidades. Alguns textos que se referem às etnias e aos conflitos existentes a partir das diferenças são também explorados de forma criativa. Além disso o cotidiano, envolvendo os problemas e as peculiaridades das cidades, é tratado em parágrafos que formam textos bastante reflexivos. As exposições teóricas e práticas relativas a esses assuntos não perdem de vista também a importância da identificação dos gêneros textuais utilizados.
São privilegiados também estudos sobre o significado do texto, em que é lembrado o processo inferencial usado para atribuir significados às leituras que realizamos.
Os objetivos de leitura são bastante evidenciados, pois é a partir desse procedimento que iniciamos a motivação para que a leitura significativa aconteça.
Dando um “mergulho no texto” pode-se perceber a importância das perguntas para que esse “mergulho” seja profundo e para que os leitores “voltem à superfície” com mais qualidade na produção de significados.
Através de textos interessantes, como Admirável mundo louco do livro Este admirável mundo louco de Ruth Rocha, são feitas perguntas e suposições em atividades que pões em prática a referência teórica, ficando claro, para nós leitores, “que as perguntas exigem de nós posturas diferentes com relação às respostas dos alunos.”
De acordo com a teoria proposta, identificar a estrutura do texto é outra postura pertinente ao seu entendimento global. “A compreensão do texto tem muito a ver com a percepção da sua estrutura(...).
O ler para aprender, um dos objetivos mais importantes da leitura, é também evidenciado nas páginas do TP4, como sendo “uma leitura lenta, de apreensão de dados, com várias releituras”.
Quanto à produção textual, tema que envolve muitas teorias, crenças e fazeres, de acordo com os autores do TP, é notória a importância de um trabalho processual no ensino da escrita na escola, pois “todos precisam aprender a escrever para lidar com as diferentes práticas da cultura escrita, estejam elas presentes no nosso cotidiano ou sejam necessárias ao desempenho de diferentes tarefas relacionadas ao nosso trabalho.”
São destacadas também no caderno 4 “algumas dimensões da situação sociocomunicativa como parâmetros para o planejamento e avaliação de atividades de escrita”. A análise dessas dimensões faz com que o trabalho desenvolvido com a escrita seja muito mais relacionado a sua prática social, e, portanto, mais comprometido com o objetivo a que se dispõe.
GESTAR II – OFICINAS



1ª OFICINA INTRODUTÓRIA

DATA: 31/03/09
LOCAL: GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO – GERED – TUBARÃO/SC.

Neste encontro trabalhamos os encaminhamentos do programa, tais como:
- planejamento das oficinas;
- cronologia do Gestar II;
- operacionalização do Gestar II: local, transporte, lanche, tecnologias e discussão sobre a carência de recursos tecnológicos.



2ª OFICINA INTRODUTÓRIA

DATA: 14/04/09
LOCAL: CEDUP DIOMÍCIO FREITAS

- Abertura oficial
- Motivação;
- Orientação do programa;

Participaram da abertura: Gerente de Educação, Supervisora de Ensino, Técnicos da GERED, Coordenadora Regional do Gestar II, Formadores de Língua Portuguesa, Diretores e Especialistas das escolas e cursistas.
No momento da abertura, a Gerente de Educação e a Supervisora de Ensino colocaram aos presentes a importância e a necessidade da participação de todos.
Em seguida, a coordenadora do programa iniciou a motivação com uma mensagem: “Conquistando o Impossível na Era do Gelo” , que coloca em forma de animação, os percalços no processo da conquista de objetivos.
Após o momento reflexivo proporcionado pela motivação, foi feita a apresentação do programa e dos formadores, reservando-se um espaço para questionamentos e esclarecimentos acerca do GESTAR II.
Na segunda parte do período, depois do lanche, os formadores reuniram-se com seus cursistas.Cada grupo, em sua sala, seguiu com um planejamento em que foram oportunizadas situações como:
- apresentações, através da “dinâmica dos nós”, que consiste em cada um relacionar três nós feitos em um barbante a etapas da vida, determinantes na sua carreira de educador;
- Esclarecimentos de algumas dúvidas a respeito do curso;
- motivação do grupo com a mensagem “O caderno” de Toquinho, interpretada pelo padre Fábio de Melo, que proporciona uma reflexão sobre como podemos aprender com os erros, e a mensagem “O professor está sempre errado”(Internet), para descontração de todos os professores, que, muitas vezes, sentem-se sem saber o que fazer na busca do melhor para seus alunos.
- Breve manuseio do material, indicação de leitura para casa do Guia Geral e das unidades 9 e 10 do TP3, com anotações de dúvidas a serem esclarecidas no encontro seguinte.


ESTUDO E REFLEXÃO...

DATA: 28/04/09
LOCAL: CEDUP DIOMÍCIO FREITAS

- Leitura e discussão sobre tópicos do Guia Geral, AAA3 e TP3, com manuseio desse material para facilitar o trabalho de todos;
- Leitura e atividade sobre o texto de referência (Ampliando nossas referências), unidade 9;
- Leitura das 3 seções da unidade 10, em grupos, sendo que cada grupo ficou com uma seção para análise e discussão.
- Encaminhamento da “Lição de casa” que cada um deveria fazer com os alunos para relatar no encontro seguinte.


I OFICINA

DATA: 05/05/09
LOCAL: EEB HERCÍLIO LUZ

- Retomada e discussão de alguns pontos das unidades 9 e 10 do TP3( Gêneros textuais: do intuitivo ao sistematizado e Trabalhando com gêneros textuais, respectivamente), que destacam questões ligadas à nova conceituação de gêneros dos textos e de tipos de discursos;
- Relato das atividades feitas com os alunos. Cada cursista aplicou a proposta de um dos “Avançando na Prática” correspondentes às unidades 9 e 10. Foram realizadas atividades referentes à produção de biografias e fabulas em verso.
Os professores expuseram, como pontos positivos das atividades, a criatividade praticada pelos alunos e a apreciação, por parte deles, da leitura em voz alta das fábulas, feita pelo professor. Nesses momentos, todos ficavam absolutamente em silêncio para ouvir a contação da professora e “mergulhavam” na história. Houve, no entanto, dificuldades na hora de criarem rimas e de aceitarem que os versos poderiam ser brancos e, mesmo assim, serem ricos e apreciáveis, como também, no momento de escreverem em 3ª pessoa, no caso da biografia. Os cursistas relataram que tais dificuldades foram, na medida do possível, sanadas com mais exemplos de fábulas e de biografias.


II OFICINA

DATA: 19/05/09
LOCAL: EEB HERCÍLIO LUZ

Para uma maior integração dos professores e formadores, a coordenadora apresentou o vídeo “Quem mexeu no meu queijo?”. Em seguida, fez-se uma reflexão sobre a mensagem, abordando-se dificuldades e experiências a partir do comodismo, do medo do novo, da lamentação do tempo perdido, da necessidade do “foco”, chegando-se a uma reflexão maior , que se refere a “quando mudamos o que fazemos, acreditamos no que fazemos.” Concluímos que as dificuldades são pontos motivadores para a mudança.
Cada formador retornou com seu grupo à sala de aula, dando sequência à oficina II – unidades 11 e 12 – TP3( Tipos textuais e a Inter-relação entre gêneros textuais). Houve comentários sobre tópicos das duas unidades, com exposição de notas importantes sobre os conceitos de tipologias textuais, descrição e narração, tipos injuntivo e preditivo, e o reconhecimento dessas sequências tipológicas nos gêneros textuais.
Após essa introdução, aconteceu o relato das atividades desenvolvidas com os alunos. Cada cursista aplicou a proposta de um dos “Avançando na Prática” correspondentes às unidades 11 e 12.
Foram realizadas atividades referentes à:
- análise de tipos textuais em gêneros como anúncio publicitário e notícia de jornal;
- transposição de gêneros, em que uma notícia, por exemplo, é transformada em notícia;
- produção do tipo descritivo, com a caracterização física e psicológica de pessoas e a descrição de objetos (de que mais gostavam).
- produção de tipo narrativo a partir de imagens e discussão sobre o tema que permeia o TP3 (trabalho).
Mais uma vez, o exercício da criatividade, com o empenho da maioria dos alunos, foi o aspecto positivo mais ressaltado pelos cursistas, que também evidenciaram que as crianças, ao descrever seu objeto favorito, fizeram-no com muita objetividade. Já, como dificuldades, foram relatados pontos referentes à organização de um texto em estrofes, durante a transposição de gêneros, a fazer uma caracterização mais profunda, na descrição de pessoas, e, quando a atividade envolvia um jogo, à dificuldade em se seguirem regras.
Para que fossem esclarecidas as dúvidas e facilitada a apreensão do conteúdo trabalhado, os cursistas retomaram o assunto através de exemplos de descrições psicológicas mais detalhadas e de leituras de poemas.


III OFICINA

DATA: 02/06/09
LOCAL: EEB HERCÍLIO LUZ

- Análise e discussão de pontos importantes das unidade 13 e 14 (Leitura, escrita e cultura e Processos da leitura). Nessas unidades, são praticados estudos referentes à:
relação entre a cultura e os usos sociais e funções da escrita nos contextos em que vivemos, evidenciando-se, dessa forma, o conceito de Letramento;
criação de significados, pelo texto e pelo leitor;
importância da definição dos objetivos de cada leitura;
relevância especial dos conhecimentos prévios na produção de significados.

- Relato das atividades realizadas com os alunos. Cada cursista aplicou a proposta de um dos “Avançando na Prática”correspondentes às unidades 13 e 14. As atividades relatadas referem-se à leitura de texto informativo sobre festas populares e pesquisa sobre as várias que ocorrem na região e no país, com a elaboração de gêneros como convites, reportagens e textos informativos acerca do tema.
Segundo os professores, alguns alunos tiveram dificuldades, durante a pesquisa, em resumir as idéias, preferindo sempre a cópia. A maioria, porém, sentiu-se motivada a escrever, já que tinham os objetivos bem definidos para isso, e, também, porque tiveram a oportunidade de expor, principalmente através da oralidade, seus conhecimentos sobre o tema.
As dificuldades foram trabalhadas a partir de novas leituras, com resumo de ideias, para que os alunos percebessem o real objetivo da pesquisa.

ESTUDO REFLEXIVO DO TP3

ESTUDO REFLEXIVO DO TP3


O Caderno de Teoria e Prática 3 refere-se basicamente aos gêneros e aos tipos textuais, definindo, com muita objetividade, a diferença entre os dois.
No estudo sobre os gêneros, percebe-se que, desde pequenos, praticamos essas realizações sociocomunicativas através das formas cotidianas de nos expressarmos. Na medida em que vamos crescendo, e praticando novas formas de comunicação oral e ecrita, em novas situações, com novos interlocutores e objetivos, vamos aumentando o número de gêneros usados, e, com isso, ampliando nosso poder de interação com o mundo a nossa volta.
A escola tem, nesse desenvolvimento do potencial sociocomunicativo, o papel fundamental de proporcionar situações de contato com os diversos gêneros que circulam na sociedade.
No trabalho com os gêneros textuais, ainda se observa, no tp3, uma outra classificação, que é o gênero literário, responsável pelo encantamento produzido através das palavras.
Os tipos textuais aparecem bem assinalados, como sequências presentes nos gêneros, sendo que, em todos os momentos, os autores deixam evidente que “os gêneros textuais fundam-se em critérios externos( sociocomunicativos e discursivos) e os tipos textuais fundam-se em critérios internos ( linguísticos e formais)”.
O tema que envolve todo o estudo do caderno é o trabalho, “um dos principais referenciais organizadores do modo de vida e da constituição de valores sociais e pessoais dos membros de uma comunidade.” Os textos estão ligados ao tema, proporcionando um trabalho de compreensão e interpretação mais abrangente e significativo.
As atividades são, intencionalmente, intercaladas aos textos, levando à prática imediata do que foi visto na teoria. São atividades com questões reflexivas, que completam o campo teórico, reforçando os conceitos obtidos sobre gêneros e tipos textuais.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

MEMORIAL

Começar a falar sobre as fases da vida que já passaram é complicado, mas, ao mesmo tempo, emocionante. Apesar dos 40 anos, vou estimular a memória para que ela seja fiel a todos ou a boa parte dos momentos da minha vida como aluna, que me trouxeram até aqui, uma profissional da Educação e eterna estudante.

Eu era uma menina tímida e muito, muito apegada a minha mãe, que me apresentou à vida escolar começando pela passagem no Jardim de Infância Pequeno Príncipe. Eu tinha 4 anos e, naquela época, nós morávamos na casa de minha avó materna, uma avó rígida, cobradora, danada de brava mesmo. Lembro-me de que muitas vezes ia para o jardim com dois vizinhos maiores, pois minha mãe trabalhava como professora(acho que a profissão está no sangue) e os horários, às vezes, eram difíceis.

Apesar da timidez, ou por causa dela, não sei, em uma tarde, fugi do jardim. Ninguém, na escolinha, percebeu, somente minha avó, sabe-se lá como. O resultado foram umas boas (e merecidas) palmadas, no meio da rua mesmo. O fato é que eu já estava cansando de "unir os pontinhos" para construir linhas de todas as formas. Queria algo mais, e o jardim não estava oferecendo.

Cheguei, enfim, ao pré-escolar, com 5 anos incompletos. Era um espaço reservado somente à educação infantil. Lá, em vez de fugir, cometia a insensatez de voltar para casa toda mordida. Eu era "cheinha" e, talvez, isso aguçasse o apetite dos coleguinhas canibais. Recordo-me muito bem do dia em que fomos procurar ovinhos de páscoa no quintal da escolinha, do cheiro do giz de cera e da "corrida de saco" que ganhei, apesar de sempre me achar uma criança "mole", "tansa" (como dizemos aqui no sul).

Não sei se saí alfabetizada do pré-escolar, mas, com 6 anos incompletos, estava na 1ª série do Colégio Dehon, um colégio inicialmente criado para meninos, que, mais tarde, abriu as portas para meninas também. Fui muito feliz nessa escola. A professora da 1ª série se chamava Sandra e tocava acordeão. Foi uma festa quando saímos pelas ruas, num Sete de Setembro, de chapéu de papel, como soldadinhos(nosso presidente, na época, era militar) e a professora Sandra com seu acordeão.

Dessa época em diante, foram só alegrias. Estudei com os mesmos colegas durante todo o "Primário" e o "Ginásio". A única coisa que me abalava um pouco, quer dizer, bastante, era a tal da matemática. Mas sempre dava um jeitinho e conseguia passar, apesar de me considerar sempre uma "burrinha" nessa disciplina. O professor que me marcou, nessa matéria, foi Moacir. Ele foi um dos professores de exatas mais humanos que tive. É incrível, mas não consigo me lembrar muito bem dos professores de Língua Portuguesa que tive.

Chegando no Ensino Médio(Segundo Grau naquela época) a "música mudou de ritmo." Mesmo estando junto com colegas conhecidos, a turma foi dividida, entraram muitos alunos novos, e, junto com eles, disciplinas e professores novos. Tudo ficou muito diferente, inclusive na vida pessoal, pois foi nessa época que dei meu primeiro beijo.

As novidades da 1ª série incluíram momentos chatos e de "desaprendizagem" quando assistia às aulas do professor de Física ".............. o terrível". Era do tipo que sabia tudo e não tinha didática nenhuma. Então, pela primeira vez, reprovei. Tinha notas boas em todas as matérias, mas, em Física, era uma "desgraça."

Após um verão de tristeza, por saber que iria repetir o ano, pedi a minha mãe que me matriculasse em outra escola, pois seria frustante ver meus amigos de uma década de convivência na 2ª série,e eu na 1ª. A nova escola, que era técnica, ofereceu-me novas amizades e possibilidades. O curso de "Técnico em Contabilidade" seria uma chance de entrar no mercado de trabalho.

Por ironia, o professou que mais marcou, dessa vez positivamente, foi o de Física, professor Carlos. Ele sabia o conteúdo e sabia socializá-lo. Era uma das melhores alunas da sala. Por incrível que pareça, nessa época achava que seria contadora, jamais professora. Então, o tempo passou e eu concluí o curso. Com muita disposição, cheguei a trabalhar na área, quando conheci um homem. Casamos.

O casamento me proporcionou uma mudança de profissão. Sem curso nenhum, formação nenhuma, comecei a atuar como dona de casa, e, assim foi até pensar que poderia exercer um trabalho que me realizasse mais. Decidi fazer faculdade de Psicologia, porém, quando estava no 2º semestre, surpresa: "bebê à vista". Era o meu primeiro bebê: uma menina. Laís nasceu, e realmente decidi que iria me dedicar a ela e a minha casa. Tudo ia muito bem e ficou melhor ainda com a chegada de Nelson Jr., meu segundo filho, 2 anos e 7 meses após o nascimento de Laís. Com muita alegria, fiquei em casa com meus filhos até que completassem 5 e 7 anos.

A dedicação e a prática como mãe me prepararam para o que sou hoje, uma profissional cheia de angústias, por ,como uma mãe, achar que estou sempre devendo alguma coisa aos meus alunos. Gosto muito do que faço, e, graças às dificuldades e conquistas, estou sempre aprendendo, com esperança de me tornar cada vez mais merecedora do título que levo: "Professora de Língua Portuguesa".

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Criatividade

"Tornar o simples complicado é fácil: tornar o complicado simples, isto é criatividade."

Charles Mingus